Ganhei!!!!!

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28 de dezembro de 2010

Teatro


E do teatro sobraram às cortinas

Onde tudo começara

Atrás do princípio

Do início do acaso

Um teatro vazio

Meu, por assim estar

Seu, por assim querer

Nele fui anjo, pirata e palhaço

Fui seu palco, asas e navio

Vi teu riso, choro e aplauso

E no fim de tudo

Quando as cortinas se fechavam

Só o teu partir

Partindo alma e verdades

Repartindo sonhos

E o meu teatro continua lá

Pra você deitar

É meu teatro por você

O Vento e o Mar


O mar diria quase nada

E um vento passageiro mais que tudo

E quando as ondas quebrassem

A ventania e calmaria te colocariam pra dormir

E o mar ficaria mudo e calado

E talvez um tanto mudado, abismado

O vento o surpreendera

Teria o mar se encantado pelo suave vento a passear por suas ondas?

Quem sabe o mar morrera de amor na brisa leve de uma noite sem fim?!

E o vento não levou o mar pra longe

Repousou sua impaciência gigante

No mar de ondas grandes

Mas com tanto (A) mar o vento se afogara

E sem explicação o vento ficara sem ar... Sem mar

Perdido em águas turvas

Em mar sem destino... Doce desatino

E (É) pra você...


E pra você eu deixo só minha saudade

Meu piscar de olhos

Meu versinho no teu caderno

E pra você eu deixo só o que foi bom

Sei que não tenho o dom

Pra te amar e virar de lado

E pra você eu deixo minha loucura

Já não quero nem de Vênus nem de Força

Deixo-te... Ingrata moça

E pra você eu deixo o jantar no forno

Não demore muito, ficou morno (o amor)

E pra você eu deixei a janela aberta

Mais por mim que por você

Às vezes saudade aperta

E pra você eu deixei uns beijos pela casa

Pra lembrar-se de mim

Pra não faltar asa

E pra você eu me deixei partir

Meio partido e sem metade

Meio saudade e sem sorrir

Amante


Em tempos de desamor

Quase sem amor se segue

Mas do amor não me retiro

No amor permaneço

E mesmo sofredor

Insisto em sentir teu amor

Amor retirante, andarilho

Sem rumo e verdades

De estórias contadas

De mentiras honestas

Mas se teu amor fosse indolor

Já o teria sepultado

No amor permaneço

Mais que em mim mesmo

Mais que em você

Que nem sei lê amor

Ou escrever a dor

Que o amor seja mais que um corredor

Seja labirinto

E sua boca cheia de mim

Regada a versos, flores e vinho tinto

E do amor não me retiro nunca mais

Nem da boca que avistei chorando

Ou dos olhos a cantar

Quero amor milenar

Sem pesar ou descontentamento

Sem penar ou teu lamento

Sem manhã ou madrugada

De mansinho, na calada

Num acorde ou num solo

Mas não quero nada que for sozinho

Quero a dois e só você

Só um par, sem ferir ou magoar

Só o céu a vigiar

Não testemunhar...

Mas aprender como amar

E no seu amor eu permaneço

Mesmo tendo mais de você e menos de mim

O mundo fica quase perfeito quando você me diz “Sim”

Um verso e dois beijos


Certa vez o poeta disse: “... Aquele beijo era mesmo fim. Era o começo e o meu desejo se perdeu de mim”! Eu sempre quis discorrer sobre esse verso, na verdade gosto de escrever sobre coisas que emanam paixão, amor, algumas dores e um sorriso ao fim de tudo, se é que tem fim!

Um beijo pode significar milhões de coisas, podemos lançar vários olhares para interpretar um beijo, mas será que ele é interpretativo? Digo... Racionalmente? Creio que não! Por isso eu o interpretarei da maneira mais sutil e sensível que eu possa parecer – Desculpem, mas não me considero sensível.

Um beijo pode ser o princípio, o início, o ponto de partida para diversos lugares e dimensões. Lembro que meu primeiro beijo aconteceu na saída do colégio, eu estava pressionado pelos “coleguinhas” que queriam ver o Big Brother Brasil ali, diante de seus olhos. Foi uma coisa meio estranha, eu não sabia muito bem onde colocar e como colocar, eu só sabia que estava beijando – Que ela não leia isso! Esse eu posso dizer que foi um beijo inicial, vou lhes ser sincero, não aprendi nada com ele, mas o bom é que ela era linda. Anos foram se passando e eu fui aperfeiçoando a arte de beijar, porque beijar é uma arte, se vocês não sabem! Segundo um amigo meu: “Beijar é o encontro de dois mundos, habitados por 32 dentes cada, que querem a mesma coisa”! Ele sempre diz isso quando está um tanto embriagado, portanto, eu sempre dou um desconto. Mas é bem por aí... Um beijo inicial tem que ser dado com sucesso, você deve estar bem vestido, ou não, depende do grau de intimidade que se tenha ou não se tenha. O meu primeiro acho que não foi bem dado porque não vi mais a menina! Com o passar do tempo eu fui provando outros beijos e outras pessoas provando os meus. E além do beijo, eu conheci outra coisa que, muitos dizem vir depois do beijo, o amor. Particularmente eu discordo. Eu sempre amei antes e o beijo veio depois.

Quando conheci o amor, eu conheci também outro tipo de beijo. O beijo de despedida, de partida, de adeus, até logo, de “fica bem sem mim”! E aí eu cheguei à conclusão de que nem sempre a gente conhece só o que a gente quer. Deparei-me com um beijo meio amargo, de olhos abertos e de mãos frias. Não havia calor nem o miocárdio a fazer aquele “Tum Tum”. Eu conheci o lado triste de beijar e, pior, conheci quando mais eu queria começar e recomeçar e não findar.

23 de dezembro de 2010

Setembro...


Era setembro...

E ficou tudo pra depois

Eu já nem lembro

Se foi tanto ou quase nada

Se perdi num beco ou n’outra estrada

Ou um corte leve ou cicatriz pra vida toda

Eu nem me lembro do teu beijo

Eu resolvi mentir sobre você

Eu nem te (re) conheço

Deixei que meu Alzheimer te levasse com o tempo

E o tempo esqueceu-se de te trazer de volta

8 de dezembro de 2010

Algumas razões pra te amar...


O homem ama não somente a beleza da mulher, mas o que ela tem de mais imperfeito. Ama suas pernas, boca, cabelos, instintos e desejos, mas amamos sua TPM, mau humor, “desejos” e sua ditadura domiciliar. O homem ama os sonhos da mulher, suspiros e delírios. Ama cada movimento, cada tormento que sua presença e ausência possam causar.

O homem pode amar cada passo da mulher, cada caminho que ela escolher, cada destino que ela traçar... Ele seguirá. E se for pra se perder, ele dispensará o sol, a bússola e, os mais modernos, o GPS. O maior desejo do homem é perder-se no universo da mulher. Isso não tem nada a ver com questões de sexualidade. Perder-se nesse universo é descobrir os mistérios da criatura mais imperfeita e amada já criada. Não que o homem queira desvendar tais segredos, esse ainda não é o objetivo. Já ficaríamos satisfeitos em participar, minimamente, da esfera que compõe os sonhos femininos.

O homem quando resolve amar uma mulher, ele não resolve... Ele se vê em situação de xeque mate! A mulher ganhou! O homem que diz não amar mulher alguma apenas mascara a sua verdade e o que é inevitável. O homem pode amar várias mulheres ao longo da vida, mas uma vai tê-lo sempre nas mãos. Não há como evitar ser dela. De alguma maneira ela te fez chegar até ali, bem onde ela quis.

O homem chegou onde você esperava que ele estivesse e se você ainda não o viu, é porque ele se atrasou um pouco. Você foi ou será aquela que o teve ou o terá às mãos. Será a mais linda e cheia de segredos que ele vai conhecer... A mais surpreendente quando ele achar que já o esqueceu e a mais previsível quando necessitar de um abraço seu! E é por isso que ele sempre dirá “te amo”, sem surpresa, sempre previsível... Bem simples, Eu te amo!

6 de dezembro de 2010

Carta de saudade...


Talvez hoje seja um dia como outro qualquer... Um dia normal, natural por ser mais um, comum e surpreendente por lembrar você. Eu não tenho nada de novo, nada especial a contar, nem sei se você me lê. Já nem sei se você me leu um dia. Se você leu nos meus olhos que eu, verdadeiramente, seria seu por um tempo incontável, sem ponteiros nem calendário, sem dizer que iria embora.

De alguma forma eu sempre soube que as partidas aconteciam, muitas canções que me foram especiais diziam que não há pra sempre. Eu sei que você seguiu seu caminho, eu sei bem disso. Mas até ontem eu achava que tinha te construído um atalho. Pensei que aquela estrada seria mais segura pra você, que não te machucaria e assim eu poderia estar perto... Eu sempre quis estar perto de você, sempre quis ser seu escudo... Eu te cuidei por alguns anos, até você se tornar o meu melhor verso. Você tinha a métrica e a musicalidade perfeitas, um parnasiano não poderia te desenhar tão bela. Eu pude... Por algum tempo, que nem o tempo saberia precisar.

Eu não sei que estrada você resolveu tomar, preferi não te ver ir embora. Quando você me veio eu andava meio sem rumo, meio torto, um tanto ferido. Minha última batalha fora cruel demais. O teu sorriso arrancou minhas armas e os teus olhos pequenos me mostraram algo que eu não conhecia. Eu não queria que você fosse pura, eu nunca liguei pra isso. Eu sempre quis que você fosse verdadeira, inevitavelmente as suas verdades seriam as minhas.

Talvez o tempo passe e essa poeira te leve embora... É uma hipótese desesperada, nada sóbria e não é o que eu quero! Sua casa anda vazia e você não se sente bem, eu era o teu único bem. Mesmo meio torto eu te faria o que ninguém poderia fazer... Você cresceu junto a mim!

P S: Eu te amo.

3 de dezembro de 2010

“De casa vazia”


Eu verdadeiramente queria estar onde você queria que eu fosse

Não fui muito bem o que você esperava

Não sou o que você espera, eu sei

Eu sou apenas mais um coração quebrado, meio sem metade

Eu seria mais doce na sua boca, mas ando meio amargo

Ando meio sem passo

Entortaram-me o caminho

Eu te faria uma canção se eu soubesse versejar

Pintaria teu sorriso se não me faltassem cores na vida

Eu guardei tudo numa caixa pequena

Coloquei todos aqueles segredos

Não sei se alguém vai abrir

Talvez eu tenha deixado de ser surpresa

Eu tenho sido uma casa no alto da montanha

Sem ninguém...

Eu tenho sido a última canção da noite

O último gole

O último beijo do filme

Eu fui à voz rouca que te acordou algumas vezes

Fui além do teu corpo

Mas encostei minha alma na sua

E habitei seu porto e me perdi no seu mar

Não soube voltar

Eu quis ficar um pouco mais

E nem vi quando você se foi

Foi à partida que me partiu

Que me levou a metade

A minha melhor metade

Hoje sou apenas uns versos soltos

Uma mala vazia

Uma casa vazia no alto da montanha

Sou a montanha sem a sua casa